A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos no início do século, mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.
Em O Processo de Relações Públicas, livro de autoria da pesquisadora norte-americana Hebe Wey, é possível ler que os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma saída para evitar novas denúncias, que era contratar o jornalista Ivy Lee. Sendo assim, ele passou a fornecer à imprensa notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou matérias pagas – que era o comum na época.
Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha (1958).
Segundo a estudiosa Monique Augras, nos Estados Unidos, em 1936, seis em cada grupo de 300 empresas tinham serviços de Relações Públicas; já em 1961, a relação era de 250 em 300; e em 1970, beirava 100%.
As Relações Públicas e, por consequência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos. Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Os profissionais de Comunicação Empresarial que se aventuraram a fazer o meio campo entre seus clientes e a imprensa enfrentaram os mais variados tipos de preconceito e discriminação ao longo de muitos anos.
As assessorias de imprensa só ganharam credibilidade a partir de 1978, após a última greve dos jornalistas em São Paulo, pois o movimento fez ocorrer muitas demissões nas redações e os demitidos tiveram que migrar para o setor “oposto” – muitos como empregados e outros com seus próprios negócios.
Segundo Walter Nori, autor do livro Portas Abertas, alguns nomes conhecidos foram trabalhar em assessorias, o que levou uma mudança na imagem dessas empresas. Mas não foi por isso que ficou mais fácil fazer Comunicação Empresarial no Brasil. A lógica é simples: com o crescimento das assessorias de imprensa, o espaço na mídia passou a ser disputado por um número cada vez maior de assessores. Ao mesmo tempo, as sucessivas crises econômicas fizeram com que diminuisse a verba publicitária e, consequentemente, o volume de páginas editoriais.
A partir da popularização da Internet no Brasil, em 1996, quando foi criado o Universo Online, ficou muito mais fácil enviar notícias aos jornais, revistas, rádios, televisões e agências. Ficou mais fácil também acompanhar a veiculação de notícias, mas a maior contribuição que a internet trouxe foi a possibilidade de disponibilizar textos e imagens em tempo integral – dando aos colegas das redações um banco de dados virtual, no qual eles podem buscar informações e ilustrações para suas matérias a qualquer hora do dia.
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